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  • Dilma vai anunciar terceira fase do Minha Casa Minha Vida

    Valor Econômico, Andrea Jubé, 29/abr

    O ministro das Cidades, Gilberto Occhi, disse ontem, em entrevista no Palácio do Planalto, que a presidente Dilma Rousseff vai anunciar a terceira etapa do programa Minha Casa, Minha Vida em junho. O cronograma foi traçado após reunião de cerca de duas horas comandada por Dilma com ministros, dirigentes dos bancos públicos e empresários do setor de construção civil no Planalto.
    “Já garantimos a continuidade do programa. Mas as condições, números, volume de recursos a serem aportados serão definidos em junho”, disse Occhi.
    Inicialmente, o governo cogitou lançar a terceira fase do programa em agosto, mas foi advertido de que poderia levar a pecha de eleitoreiro. Com isso, Dilma decidiu anunciar a continuidade do programa em junho, antes do início da campanha eleitoral, que começa em 5 de julho.
    A indústria da construção pressiona pelo prosseguimento do programa, independentemente da reeleição de Dilma. “Isso tem de ser um programa de Estado, é seguramente o melhor projeto de habitação de interesse social que esse país já teve”, disse Paulo Safady Simão, da Câmara Brasileira da Construção Civil (Cbic).
    Com isso, representantes do setor já começaram a sondar os adversários de Dilma sobre a disposição de darem continuidade ao programa. Por isso, Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) foram convidados para o Encontro Nacional da Indústria da Construção Civil (Enic), que ocorre entre os dias 21 e 23 de maio, em Goiânia. Dilma já confirmou presença.
    Os números em estudo apontam para o financiamento de 3 milhões de novas residências na terceira etapa. O balanço mais recente do programa aponta 2,4 milhões de residências em execução, e cerca de 400 mil a serem contratadas até o fim do ano. Dilma quer anunciar 3 milhões de residências contratadas na segunda etapa até o fim de seu mandato.
    Também está em estudo a criação de uma nova faixa de renda para aquisição das moradias. Segundo Paulo Simão, a evolução da renda no país obriga à criação de uma faixa intermediária cuja renda média fica acima da primeira, mas abaixo da subsequente. Esse segmento acaba ficando de fora da primeira, e não tem renda para a segunda. Para inclui-la no programa, a nova faixa de renda seria de R$ 1,4 mil a R$ 2,6 mil. Atualmente, o Minha Casa Minha Vida contempla três faixas de renda para acesso ao subsídio do governo para compra da casa própria: até R$ 1,6 mil (faixa 1), até R$ 3,1 mil (2) e até R$ 5 mil (3).
    Na reunião, a presidente cobrou casas mais isoladas, separadas por muros, para dar mais segurança aos moradores. Hoje a maioria dos conjuntos habitacionais são abertos, sem divisórias entre as residências.
    Além do ministro das Cidades e de Paulo Simão, participaram da reunião com a presidente: a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, os presidentes da Caixa Econômica Federal, José Hereda, do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, o presidente da Abrainc, Rubens Menin de Souza, e representantes de construtoras que atuam no programa.
    Fonte : www.ademi.org.br